Cheio de sorte, hein...

É impressão minha ou eu sou um gajo sem sorte?

É verdade que olhando na generalidade não me posso queixar muito, tenho emprego, boa família e tirando os tropeções normais as coisas correm-me bem.

Mas em relação a certos pormenores parece que sou sempre comido:

Começa na história da tropa, sendo eu nascido em 1972 tive a “sorte” de ser um ano de reformulação (menos tempo de tropa, 4 a 6 meses) ou seja 98% dos candidatos passaram à reserva nesse ano, eu deveria ter sido um deles mas devido a uma falha qualquer o meu nome não constava da lista, logo, fui lá parar sem saber como.

Mais tarde e como era um bom negócio em vez de alugar, comprei casa de solteiro para não perder dinheiro e com o objectivo de a valorizar, logo após o aumento das mesmas quando todos ganharam muito dinheiro agora não a consigo vender pelo mesmo dinheiro ou seja comprei caro e agora tenho de aguentar.

Agora o nosso estado “generoso como sempre” resolveu aumentar o abono de família e paga-lo desde os três meses de gravidez, tudo bem mas só depois de ter nascido a Maria é que aprovaram a lei, logo o abono desde a gravidez já não nos calha, mas do mal o menos o estado aumentou o abono.
Só que aumentou-o para o segundo filho mais uma vez e como sempre não é o nosso caso e nem vale a pena pensar em ter outro filho por causa do subsidio tenho a certeza que devido a uma razão qualquer deixam de pagar desde os três meses e passa a ser só para o terceiro filho, o que eles querem sei eu!